Grito dos Excluídos 2025: Mobilização Nacional por Justiça Social e Democracia


    Legenda: Manifestação do Grito dos Excluídos em São Paulo, 7 de setembro de 2017. Foto: Paulo        Pinto/Agência PT.

Por José Nassif


Hoje, o Brasil se torna palco de uma ampla mobilização social: o Grito dos Excluídos 2025, que acontece simultaneamente em 32 cidades do país. Com o lema “Cuidar da Casa Comum e da Democracia é luta de todo dia”, o movimento busca chamar atenção para a crescente desigualdade social, a crise ambiental e os desafios à consolidação da democracia, reforçando a importância da participação popular nas decisões políticas.

O Grito dos Excluídos é uma manifestação anual organizada por movimentos populares, sindicatos, organizações da sociedade civil e comunidades religiosas. Desde 1995, o evento ocorre sempre na véspera da Independência, em 7 de setembro, como uma forma de lembrar que a luta por direitos e justiça social deve ser constante e não apenas simbólica. Neste ano, o foco central está na defesa da Amazônia, do Pantanal, das comunidades indígenas e de políticas públicas inclusivas, em meio a uma conjuntura marcada por tensões políticas, desigualdade e crises ambientais recorrentes.


Mobilização em Capitais e Cidades do Interior

Em São Paulo, a manifestação principal ocorre na Praça da Sé, reunindo milhares de pessoas. Estudantes, trabalhadores, movimentos sociais, associações de moradores e coletivos de direitos humanos tomam as ruas em um ato que, segundo os organizadores, “é a reafirmação de que a democracia exige participação efetiva e constante”.

No Rio de Janeiro, a mobilização ganhou as ruas de bairros como Tijuca e Centro, com destaque para a presença de movimentos de mulheres e jovens, que carregavam cartazes cobrando políticas públicas que priorizem educação, saúde e segurança.

Em cidades do interior, como Cuiabá, Manaus, Fortaleza e Porto Alegre, as manifestações reforçam a pauta ambiental e social, unindo trabalhadores rurais, pescadores e comunidades tradicionais em atos simultâneos, com destaque para a luta contra a destruição de biomas estratégicos e a defesa de direitos territoriais indígenas.

Temas Centrais do Movimento

O Grito dos Excluídos 2025 destaca problemas estruturais da sociedade brasileira, apontando soluções e cobrando ações imediatas dos poderes públicos. Entre os principais temas estão:

  1. Desigualdade social e econômica: o movimento critica políticas que beneficiam poucos em detrimento da maioria da população. Relatórios recentes indicam que a concentração de renda no país continua em níveis críticos, com uma parcela mínima da população controlando a maior parte da riqueza.

  2. Proteção ambiental: a preservação da Amazônia, do Pantanal e de outros biomas essenciais é prioridade. Ativistas denunciam a falta de fiscalização, desmatamento ilegal e ameaças a comunidades tradicionais.

  3. Direitos humanos e cidadania: a participação popular e o respeito às minorias são destacados, com ênfase na necessidade de políticas públicas que promovam inclusão social e igualdade de oportunidades.

  4. Defesa da democracia: o Grito surge como reação à crescente concentração de poder, falta de transparência e manipulação política, reforçando a necessidade de instituições fortes e independentes.

Segundo os organizadores, a mobilização é também uma resposta à “neutralidade cúmplice” de setores da sociedade que ignoram as desigualdades estruturais e o avanço de políticas que marginalizam os mais vulneráveis.

Depoimentos de Participantes

Maria Fernandes, líder comunitária de São Paulo, afirma:

“O Grito dos Excluídos é a nossa voz nas ruas. Lutamos por políticas públicas que atendam às necessidades do povo, pela preservação do meio ambiente e pelo direito de sermos ouvidos.”

João Silva, estudante universitário presente na manifestação, acrescenta:

“Estamos aqui porque não podemos aceitar que decisões importantes para o país sejam tomadas sem a nossa participação. Democracia é mais do que votar; é atuar todos os dias.”

 


Repercussão Política e Social

O Grito dos Excluídos chega em um momento de grande tensão política no país, com debates acalorados sobre orçamento público, políticas sociais e preservação ambiental. Parlamentares de diferentes espectros políticos acompanharam os atos, alguns declarando apoio às pautas sociais, outros criticando o movimento como “partidário”.

Especialistas em ciência política destacam que manifestações desse porte são fundamentais para fortalecer a democracia, servindo como pressão legítima sobre governantes e promovendo o engajamento da população em questões estruturais.


Contexto Histórico

O Grito dos Excluídos surgiu em 1995, a partir de iniciativas de igrejas, movimentos sociais e sindicatos que buscavam criar uma alternativa popular aos desfiles cívicos tradicionais da Independência. Desde então, o movimento se consolidou como um espaço de mobilização para causas sociais, ambientais e de direitos humanos, reunindo diferentes grupos em torno de pautas comuns.

Ao longo dos anos, o movimento ampliou sua abrangência, incluindo temas contemporâneos como a defesa da democracia digital, combate à violência policial e acesso à educação e saúde de qualidade.

Conclusão

O Grito dos Excluídos 2025 não é apenas um ato simbólico. É um chamado à consciência coletiva, lembrando que justiça social, democracia e preservação ambiental dependem da participação ativa da população. Ao ocupar as ruas, cidadãos reafirmam que é possível construir um Brasil mais justo, sustentável e democrático.

O movimento também reforça que a luta social não se encerra em uma data específica: ela é diária, contínua e exige vigilância constante da sociedade sobre os poderes públicos e as políticas implementadas.


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